A Nova Esquerda Chinesa (ou New Left Chinesa) é um termo abrangente usado para categorizar aqueles "engajados em uma genealogia e crítica histórico-política do capitalismo na China pós-Mao", mas não possui uma correspondência imediata com as tendências que animaram a Nova Esquerda (New Left) ocidental. Nem todos que são categorizados como parte da Nova Esquerda chinesa reivindicam esse termo, que surgiu das críticas de liberais e neoliberais à esquerda chinesa percebida como nostalgica e antiquada em sua rejeição das reformas econômicas e políticas pelas quais o país passou a partir do fim da década de 1970, ou seja, sua intenção era ofensiva, mas desde então entrou para o vocabulário comum na mídia e na acadêmia.[1]
Seu uso tem sido bastante amplo, incluindo Marxistas, Maoistas, ou Neo-Maoistas, Neo-Confusionistas, Social-Democratas e Liberais de Esquerda, como também tendências menos formalizadas de anti-imperialismo, populismo, nacionalismo e mesmo feminismo. Essa crítica das reformas chinesas se consolida na década de 1990, momento de intensificação das desigualdades e ascensão global chinesa. Tem sido caracterizada como um movimento fundamentalmente intelectual e acadêmico, numa relação heterogênea e não tão direta com as tendências políticas de esquerda dentro e fora do Estado, como a ressurgência dos autoproclamados Maoistas que também vem intensificando sua oposição ideológica ao Partido Comunista Chinês.[2]